No fim dos seus dias, Tolstói viu na literatura uma maldição e transformou-a no mais obsessivo do seu ódio. E então renunciou à escrita, porque disse que esta era a maior responsável pela sua derrota moral. E uma noite escreveu no seu diário a última frase da sua vida, uma frase que não conseguiu terminar: «Fais ce que dois, advienne que pourra» (Faz o que deves, aconteça o que acontecer). Trata-se de um provérbio francês do qual Tolstói gostava muito. A frase ficou assim:

Fais ce que dois, adv...

Enrique Vila-Matas, em Bartleby&Companhia.