Para quê olhar

“Gostava de observar os outros em situações críticas. Se havia um acidente no trânsito ou uma discussão na rua ou um bebé enfiado numa campânula de laboratório que eu pudesse ver, parava e olhava intensamente para jamais me esquecer. 

Graças a este hábito aprendi muitas coisas que, por certo, de outro modo me teriam passado despercebidas, e mesmo quando elas me surpreendiam ou me causavam repulsa, não desviava o olhar como se elas fossem banais.”

Sylvia Plath, em The Bell Jar, 1963