A literatura, como a arte, não conhece o tempo da vida quotidiana. Não quer saber das fronteiras entre o passado e presente. A literatura faz acontecer o futuro, devolve-nos às florestas claras da infância. O passado, quando escrevemos, não está morto.
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Vivo numa ilha não para fugir aos outros, mas para os contemplar e saciar desse modo a paixão que tenho por eles. Não sei se escrever me salvou a vida. Regra geral, desconfio desse tipo de formulações. Teria sobrevivido sem ser escritora. Mas não estou certa de que tivesse sido feliz.