Conheci uma doente do Júlio de Matos que tinha o pavor das facas e das tesouras. Tinha trabalhado como cabeleireira e e tinha tido de deixar de trabalhar. Por ter aquele medo. O tratamento no hospital consistia em conseguir levar de casa até à consulta no hospital uma simples faca de sobremesa dentro da carteira. Sei que há muita gente que não percebe o heroísmo e o sofrimento de uma pessoa assim. Mas é brutal.

Adília Lopes, em Z/S.