A arte é uma ferida feita de luz, dizia Georges Braque. Precisamos dessa luz: não só quem escreve ou pinta ou compõe música, mas também os que leem e veem quadros e ouvem um concerto. Precisamos todos dessa beleza para que a vida nos seja suportável. Fernando Pessoa expressou-o muito bem: “a literatura, como a arte em geral, é a demonstração de que a vida não basta.” Não basta, não. Por isso redijo este livro. Por isso estás a lê-lo.
Rosa Montero, em A ridícula ideia de não voltar a ver-te.